Empreendedor

Empreendor Solitário: o famoso “Eu”preendedorismo dos autores

ATENÇÃO: Este post é um desabafo sobre empreender no meio literário e redes sociais. São as minhas impressões sobre, não tomem como verdade absoluta. Até porque nem todo autor independente escolhe ser um empreendedor

Ser empreendedor é uma jornada desafiadora (há quem diga emocionante, mas eu pelo menos não acho), mas ter que empreender sozinho adiciona uma camada extra de complexidade. Infelizmente, admitindo ou não, todo escritor, no fundo é um “eu”preendedor. Eu ainda por cima acabei trilhando esse caminho em mais de um nicho, com a papelaria e a terapia holística. (Devo ser masoquista só pode.)

Enquanto a promessa de liberdade e autonomia é atraente, existe uma série de desafios únicos que os empreendedores solitários enfrentam. Sem parceiros ou equipe de apoio, é muito fácil querer desistir (o tempo todo, sou prova viva disso).

Você está sozinho, empreendedor, mas ao mesmo tempo não está

Um dos desafios mais significativos é o isolamento físico, em contraponto à superexposição na internet. Você faz tudo, e faz tudo sozinho. Por um lado, o isolamento físico pode afetar negativamente a saúde mental e diminuir a motivação, por outro, você é um em um mar de outros autores precisando se sobressair o tempo inteiro nas redes sociais e permanecer em foco.

Sobrecarga de responsabilidades:

Empreender sozinho, no geral, significa assumir todas as responsabilidades do negócio, desde a concepção da ideia até a execução e o gerenciamento diário. Isso pode levar a uma sobrecarga de trabalho e estresse, à medida que o empreendedor tenta lidar com várias tarefas ao mesmo tempo.

No caso dos autores: somos os escritores, nosso marketing, nosso social media, e várias vezes também precisamos ser nossos capistas, diagramadores e revisores (e acredite, se tem um gasto que acho que ninguém deveria abrir mão, é o do revisor. Não tem word que substitua um, e por mais que a gente ache que escreve certo, a verdade é que não vemos nossos próprios erros. Por mais absurdos que sejam).

Meu primeiro burnout por conta de redes sociais foi em 2020. (Não à toa andei completamente afastada de tudo)

A sensação de falta de retorno:

A verdade é que na maior parte do tempo, temos a impressão de a quantidade de trabalho e estresse não vale a pena. Você se mata de trabalhar e parece que o retorno não vem. Muito disso por conta da falta de engajamento nas redes sociais. É simplesmente horrível você ver um post que você trabalhou por horas ter uns dez likes e dois comentários de bots. Quantas vezes eu não me perguntei se realmente valia a pena?

Mas vale a pena ou não?

Esse é o ponto. Para uns vai valer, para outros não.

Para mim, quando recebo um comentário, uma mensagem que seja sobre meus livros, vocês cobrando por livros novos, é um santo remédio. Parece que tudo isso que listei ai em cima, magicamente desaparece por um tempo, porque é aquele instante que eu percebo que está dando certo, o retorno, mesmo que pouco, está vindo.

É preciso perseverar para sobreviver empreendendo. Eu precisei passar por alguns burnouts, para perceber que eu estava em uma rotina tóxica por conta do marketing e das redes sociais. Juro que se eu pudesse, pagaria alguém para cuidar das minhas redes e no máximo abria para responder mensagens.

Hoje, a eterna sensação de estar frequentemente “dando murro em ponta de faca” criando conteúdo para redes sociais, eu deixei para trás. Não pretendo ser influenciadora de conteúdo. Meu conteúdo, são meus livros, e eles estavam ficando de lado por causa da sobrecarga de responsabilidades.

E eu escolhi colocar meus livros na frente, e adaptar todo o resto para que eu possa fazer de uma forma que não me massacre, sem que eu precise desaparecer das redes sociais como no último ano.

As coisas vão mudar, mas prometo, que vão ser para melhor

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